domingo, 16 de novembro de 2008

HAY QUE BUSCARSE UN AMANTE

Muitas pessoas têm um amante e outras gostariam de ter um. Há também as quenão têm, e as que tinham e perderam. Geralmente são essas últimas as quevêm ao meu consultório para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insônia, apatia, pessimismo, crises de choro ou as maisdiversas dores. Elas me contam que suas vidas transcorrem de forma monótonae sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabemcomo ocupar seu tempo livre.Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que estãosimplesmente perdendo a esperança. Antes de me contarem tudo isto, elas jáhaviam visitado outros consultórios, onde receberam as condolências de umdiagnóstico firme: 'Depressão', além da inevitável receita do anti-depressivodo momento. Assim, após escutá-las atentamente, eu lhes digo que elas nãoprecisam de nenhum anti-depressivo; digo-lhes que elas precisam de um AMANTE! É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem meu conselho.Há as que pensam: 'Como é possível que um profissional se atreva a sugeriruma coisa dessas?!' Há também as que, chocadas e escandalizadas, se despedeme não voltam nunca mais. Àquelas, porém, que decidem ficar e não fogemhorrorizadas, eu explico o seguinte: 'AMANTE é 'aquilo que nos apaixona'.É o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono e é tambémaquilo que, às vezes, nos impede de dormir.O nosso AMANTE é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que aconteceà nossa volta. É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida. Às vezesencontramos o nosso amante em nosso parceiro, outras, em alguém que não énosso parceiro, mas que nos desperta as maiores paixões e sensações incríveis.Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, namúsica, na política, no esporte, no trabalho, na necessidade de transcenderespiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempopredileto...Enfim, é 'alguém' ou 'algo' que nos faz 'namorar' a vida e nos afasta do tristedestino de 'ir levando'. E o que é 'ir levando'? Ir levando é ter medo deviver. É o vigiar a forma como os outros vivem, é o se deixar dominar pelapressão, perambular por consultórios médicos, tomar remédios multicoloridos,afastar-se do que é gratificante, observar decepcionado cada ruga nova queo espelho mostra, é se aborrecer com o calor ou com o frio, com a umidade,com o sol ou com a chuva. Ir levando é adiar a possibilidade de desfrutaro hoje, fingindo se contentar com a incerta e frágil ilusão de que talvezpossamos realizar algo amanhã. Por favor, não se contente com 'ir levando';procure um amante, seja também um amante e um protagonista da SUA VIDA...Acredite: o trágico não é morrer; afinal a morte tem boa memória e nunca seesqueceu de ninguém. O trágico é desistir de viver; por isso, e sem maisdelongas, procure um amante...A psicologia, após estudar muito sobre o tema, descobriu algo transcendental: PARA SE ESTAR SATISFEITO, ATIVO E SENTIR-SE JOVEM E FELIZ, É PRECISONAMORAR A VIDA.
(Dr. Jorge Bucay - PSICÓLOGO)

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Dois Corações

Que a distancia não apague esse amor, que a saudade me alimente a cada segundo ao pensar em você, que ao fechar os olhos me percebo tocando tua pele, tua face entristecida por espaço que nos delimitam a vida, mas que ao mesmo tempo nos da à certeza do quanto nos amamos. Aquele teu sorriso ainda me percorre aos pensamentos assim como teu cheiro navega sobre minha pele, e me lavam as lágrimas por chorar ao olhar o retrato me adentrando a saudade, pois é tanta que me calo ao próprio silêncio e me devoro. Ah como eu te amo, como te quero e por incrível que pareça por um minuto me tenho enfraquecido ao perder as esperanças de te tocar outra vez, mas ao perceber este amor que me renova a vida, me ponho a deslizar sobre minha face um lindo sorriso ao notar o quanto eu sei que me amas.
Dois corações, duas almas que se completam diante de tantas outras as quais nem se quer possuem o verdadeiro sentido de querer amar ou simplesmente a verdadeira razão do amor, engraçado que me deparo às vezes sobre as lembranças e me pego sorrindo diante de situações em que te amava ver-te aos ciúmes, aquele teu olhar sobre o meu me dizendo entre tantos outros silêncios o quanto me amas. Ai, nos encontramos novamente como se não houvesse a distancia, perco as horas ao te abraçar e ao me prender ao teu corpo não querendo novamente que me cubra de saudade, porém jamais te deixe passar aos pensamentos que este amor morrerá, pois tudo o que é verdadeiro não morre, renasce a cada encontro, a cada olhar. TE AMO...
(Léo Saldanha)